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Moisés fala acerca dos edomitas, moabitas e amonitas

Depois, viramo-nos, e caminhamos ao deserto, caminho do mar Vermelho, como o Senhor me tinha dito, e muitos dias rodeamos a montanha de Seir. Então, o Senhor me falou, dizendo: Tendes já rodeado bastante esta montanha; virai-vos para o norte. E dá ordem ao povo, dizendo: Passareis pelos termos de vossos irmãos, os filhos de Esaú, que habitam em Seir; e eles terão medo de vós; porém guardai-vos bem. Não vos entremetais com eles, porque vos não darei da sua terra, nem ainda a pisada da planta de um pé; porquanto a Esaú tenho dado a montanha de Seir por herança. Comprareis deles, por dinheiro, comida para comerdes; e também água para beber deles comprareis por dinheiro. Pois o Senhor, teu Deus, te abençoou em toda a obra das tuas mãos; ele sabe que andas por este grande deserto; estes quarenta anos o Senhor, teu Deus, esteve contigo; coisa nenhuma te faltou. Passando, pois, por nossos irmãos, os filhos de Esaú, que habitavam em Seir, desde o caminho da planície de Elate e de Eziom-Geber, nos viramos e passamos o caminho do deserto de Moabe. Então, o Senhor me disse: Não molestes a Moabe e não contendas com eles em peleja, porque te não darei herança da sua terra; porquanto tenho dado Ar aos filhos de Ló por herança. 10 (Os emins dantes habitaram nela, um povo grande, e numeroso, e alto como os gigantes; 11 também estes foram contados por gigantes, como os anaquins; e os moabitas lhes chamavam emins. 12 Dantes os horeus também habitaram em Seir; porém os filhos de Esaú os lançaram fora, e os destruíram de diante de si, e habitaram no seu lugar, assim como Israel fez à terra da sua herança, que o Senhor lhes tinha dado.) 13 Levantai-vos agora e passai o ribeiro de Zerede; assim, passamos o ribeiro de Zerede. 14 E os dias que caminhamos, desde Cades-Barneia até passarmos o ribeiro de Zerede, foram trinta e oito anos, até que toda aquela geração dos homens de guerra se consumiu do meio do arraial, como o Senhor lhes jurara. 15 Assim também foi contra eles a mão do Senhor, para os destruir do meio do arraial até os haver consumido.

16 E sucedeu que, sendo já consumidos todos os homens de guerra pela morte, do meio do arraial, 17 o Senhor me falou, dizendo: 18 Hoje passarás por Ar, pelos termos de Moabe, 19 e chegarás até defronte dos filhos de Amom; não os molestes e com eles não contendas, porque da terra dos filhos de Amom te não darei herança, porquanto aos filhos de Ló a tenho dado por herança. 20 (Também esta foi contada por terra de gigantes; dantes, nela habitavam gigantes, e os amonitas lhes chamavam zanzumins, 21 um povo grande, e numeroso, e alto, como os gigantes; e o Senhor os destruiu de diante de si, e estes os lançaram fora e habitaram no seu lugar; 22 assim como fez com os filhos de Esaú, que habitavam em Seir, de diante dos quais destruiu os horeus; e os filhos de Esaú os lançaram fora e habitaram no seu lugar até este dia; 23 também os caftorins, que saíram de Caftor, destruíram os aveus, que habitavam em aldeias até Gaza, e habitaram no seu lugar.) 24 Levantai-vos, e parti, e passai o ribeiro de Arnom; eis aqui na tua mão tenho dado a Seom, amorreu, rei de Hesbom, e a sua terra; começa a possuí-la e contende com eles em peleja. 25 Neste dia, começarei a pôr um terror e um temor de ti diante dos povos que estão debaixo de todo o céu; os que ouvirem a tua fama tremerão diante de ti e se angustiarão.

26 Então, mandei mensageiros desde o deserto de Quedemote a Seom, rei de Hesbom, com palavras de paz, dizendo: 27 Deixa-me passar pela tua terra; somente pela estrada irei; não me desviarei para a direita nem para a esquerda. 28 A comida que eu coma vender-me-ás por dinheiro e dar-me-ás por dinheiro a água que beba; tão somente deixa-me passar a pé, 29 como fizeram comigo os filhos de Esaú, que habitam em Seir, e os moabitas, que habitam em Ar; até que eu passe o Jordão, à terra que o Senhor, nosso Deus, nos há de dar. 30 Mas Seom, rei de Hesbom, não nos quis deixar passar por ele, porquanto o Senhor, teu Deus, endurecera o seu espírito e fizera obstinado o seu coração, para to dar na tua mão, como neste dia se vê. 31 E o Senhor me disse: Eis aqui, tenho começado a dar-te Seom e a sua terra diante de ti; começa, pois, a possuí-la, para que herdes a sua terra. 32 E Seom saiu-nos ao encontro, ele e todo o seu povo, à peleja, em Jaza. 33 E o Senhor, nosso Deus, no-lo deu diante de nós, e o ferimos, a ele, e a seus filhos, e a todo o seu povo. 34 E, naquele tempo, tomamos todas as suas cidades e destruímos todas as cidades, e homens, e mulheres, e crianças; não deixamos a ninguém. 35 Somente tomamos por presa o gado para nós e o despojo das cidades que tínhamos tomado. 36 Desde Aroer, que está à borda do ribeiro de Arnom, e a cidade que está junto ao ribeiro, até Gileade, nenhuma cidade houve que de nós escapasse; tudo isto o Senhor, nosso Deus, nos entregou diante de nós. 37 Somente à terra dos filhos de Amom não chegaste; nem a toda a borda do ribeiro de Jaboque, nem às cidades da montanha, nem a coisa alguma que nos proibira o Senhor, nosso Deus.

Andando em volta pelo deserto

—Depois voltamos de novo para o deserto, na direção do mar Vermelho, tal como o SENHOR tinha me ordenado. E durante muito tempo ficamos andando em volta das montanhas de Seir[a]. E o SENHOR me disse: “Vocês já estão há muito tempo caminhando em volta destas montanhas. Agora caminhem para o norte. E fale para o povo que irão passar pelo território dos seus irmãos, os descendentes de Esaú, que vivem em Seir. Eles terão muito medo de vocês, mas não os provoquem. Não os provoquem porque eu não darei nem um só palmo da terra deles a vocês. Eu dei a Esaú a região montanhosa de Seir como herança. Paguem-lhes pela comida que ali comerem e pela água que beberem. Lembrem-se que nunca faltou nada a vocês porque o SENHOR, o seu Deus, tem abençoado tudo o que vocês têm feito. Deus os cuidou enquanto passavam por este grande deserto. Durante estes quarenta anos o SENHOR, seu Deus, tem estado com vocês e nada têm lhes faltado”.

—Então nos afastamos da terra dos nossos parentes, os descendentes de Esaú, que viviam em Seir. Deixamos o caminho que vai do vale do Jordão até às cidades de Elate e Eziom-Geber e fomos em direção ao deserto de Moabe.

—E o SENHOR me disse: “Não provoquem aos moabitas, que são descendentes de Ló. Não façam guerra contra eles porque não darei nada do que é deles a vocês. A região de Ar pertence aos descendentes de Ló, é a sua herança”.

10 (Os emitas tinham vivido antes na região de Ar. Eles eram um povo tão forte e numeroso como os anaquitas, os descendentes do gigante Anaque. 11 Pensava-se que eles e os anaquitas eram refains, mas os moabitas os chamavam emitas. 12 Também os horeus tinham vivido anteriormente em Seir, mas tinham sido expulsos pelos descendentes de Esaú que depois ocuparam as suas terras. Israel fez o mesmo com a terra que o SENHOR lhe deu.)

13 —E Deus disse: “Agora, ponham-se a caminho e atravessem o vale de Zerede”. E assim fizemos. 14 Tinham passado trinta e oito anos desde que saímos de Cades-Barneia até chegarmos ao vale de Zerede. Durante esse tempo, tal como o SENHOR tinha prometido, morreu toda aquela geração de guerreiros que não tinha confiado em Deus em Cades-Barneia. 15 O próprio SENHOR os foi eliminando até que todos desapareceram do acampamento.

16 —Depois de todos os guerreiros terem sido eliminados, 17 o SENHOR me disse: 18 “Hoje mesmo você atravessará a fronteira em Ar e entrará em Moabe. 19 Chegará perto do território dos amonitas, não os provoque nem faça guerra contra eles. Pois eu não lhe darei nenhuma parte do território deles. Esse território é a herança que eu dei aos descendentes de Ló”.

20 (Esse território tinha antes pertencido aos refains, a quem os amonitas chamavam zamezumeus. 21 Eram tão fortes e numerosos como os anaquitas, mas o SENHOR os destruiu e os amonitas os expulsaram dali e ocuparam o seu lugar. 22 O SENHOR também ajudou os descendentes de Esaú, que vivem em Seir. Eles destruíram os horeus e ocuparam a terra deles e ainda hoje estão vivendo lá. 23 O mesmo aconteceu com os aveus, que viviam perto de Gaza. Chegaram os filisteus, que vinham de Creta e destruíram-nos, depois ocuparam a terra deles.)

24 —Depois o SENHOR me disse: “Fique pronto para atravessar o ribeiro de Arnom. O amorreu Seom, rei de Hesbom, é seu. Declare guerra contra ele e ocupe o seu território. 25 A partir de este dia farei com que todos os povos tenham medo de vocês. Ficarão cheios de terror e tremendo quando ouvirem falar da sua fama”.

A vitória sobre Seom

26 —Enquanto estávamos no deserto de Quedemote, enviei mensageiros a Seom, rei de Hesbom, com a seguinte proposta de paz: 27 “Deixe-nos passar pela sua terra. Passaremos sem nos afastarmos do caminho, nem para a direita nem para a esquerda. 28 Pagaremos por toda a comida que nos vender e pela água que bebermos. Só pedimos que nos deixe passar, 29 assim como fizeram os descendentes de Esaú, que vivem em Seir, e os moabitas, que habitam em Ar. Queremos atravessar o rio Jordão e chegar à terra que o SENHOR, nosso Deus, irá nos dar”. 30 Mas Seom, rei de Hesbom, não permitiu que passássemos pela terra dele, porque o SENHOR, seu Deus, lhe endureceu o espírito e o coração, para obrigá-lo a se submeter a vocês, como acontece ainda hoje.

31 —E o SENHOR me disse: “Olhe, a partir de agora, Seom e a sua terra são seus. Entre e tome posse da terra dele”. 32 Então Seom, com todo o seu exército, foi batalhar contra nós em Jaza. 33 Mas o SENHOR, nosso Deus, o entregou nas nossas mãos. E nós vencemos a ele, aos seus filhos e a todo o seu exército. 34 Naquela ocasião capturamos todas as cidades e condenamos à destruição total todas as pessoas: homens, mulheres e crianças. Ninguém escapou com vida. 35 Só ficamos com os animais e com as coisas de grande valor que havia nessas cidades. 36 Desde Aroer, junto ao ribeiro de Arnom, e a cidade que fica no mesmo vale, até à região de Gileade, nenhuma cidade nos resistiu. O SENHOR, nosso Deus, nos entregou todas elas. 37 Só não nos aproximamos da terra dos amonitas, do vale do rio Jaboque, das cidades da região montanhosa e de qualquer outro lugar que o SENHOR, nosso Deus, tinha nos proibido de atacar.

Footnotes

  1. 2.1 Seir ou “Edom”.